Hoje em dia as
dietas com elevado teor de proteína e baixo teor em lípidos e hidratos de
carbono ganham destaque pois apresentam inúmeros benefícios. São diversos os
estudos que os apontam e comprovam. Leidy H e et al realizaram uma meta-análise
em Abril de 2015 de forma a verificarem o papel da proteína na perda e
manutenção de peso.
Uma dieta com
elevado teor proteico, ou seja, 1,2g a 1,6g de proteína por kg de peso corporal
por dia e que contenha refeições com quantidades proteicas entre 25 a 30g proporciona:
São várias as
evidências científicas que suportam que a ingestão acima descrita representa
uma estratégia de sucesso na prevenção e/ou tratamento da obesidade através da
redução do peso corporal e massa gorda e preservação e/ou aumento da massa
magra. A eficácia está principalmente relacionada com a modelação do
metabolismo e do apetite.
A saciedade
constitui um ponto importantíssimo em regimes de emagrecimento e/ou manutenção
de peso e a ingestão de alimentos/refeições ricas em proteína vai permitir:
- Aumentar o
efeito térmico dos alimentos, ou seja, o gasto energético na digestão,
absorção, transporte e armazenamento, pois dos três nutrientes a proteína é a
que apresenta um efeito térmico maior;
- Aumentar a
concentração de hormonas anorexigénias (grelina) o que vai diminuir o apetite;
- Aumentar os
neuropéptidos que induzem a saciedade (GLP-1, CCK e péptido YY);
- Alterar a
neoglucogénese - processo pelo qual à produção de moléculas de glicose através
de outros nutrientes que não os hidratos de carbono; ou seja vai haver uma
adaptação metabólica em que o organismo consegue produzir glicose sem necessitar
de um aporte de hidratos de carbono.
Dietas ricas em
proteína contribuem assim para um balanço energético favorável à perda de peso,
uma vez que a saciedade vai permitir uma menor ingestão de alimentos enquanto o
aumento do efeito térmico leva a um maior gasto calórico. O seu sucesso é
também conseguido devido à redução da gordura corporal e à manutenção e/ou
aumento da massa magra.
A escolha de fontes
proteicas de elevada qualidade (ovo, carne, peixe, lacticínios, leguminosas,
frutos oleaginosos) é um factor importante para evitar o aumento de ingestão de
gorduras saturadas e colesterol.
Devemos
privilegiar proteínas de alto valor biológico, ou seja, as que possuem todos os
aminoácidos essenciais (que não são sintetizados pelo organismo e têm de provir
dos alimentos). São exemplos de proteínas completas a carne, peixe e ovo.
Contudo, uma
ingestão demasiado elevado de proteína (superior a 2,5g de proteína por kg de
peso corporal) durante longos períodos de tempo deve ser balanceada com
alimentos alcalinizantes como frutas e vegetais para manter o equilíbrio
ácido-base do organismo e evitar a formação de cálculos de cálcio e sobrecargas
renais.
Em conclusão, as
abordagens hiperproteicas são seguras e saudáveis para quem pretende optimizar
a sua composição corporal. Contudo as quantidades a ingerir devem estar de
acordo com as características de cada indivíduo como género, idade, prática e
nível de exercício físico, entre outros, sob prejuízo de um aporte excessivo de
proteína se converter em glicogénio e gordura que serão armazenados no
organismo.
Deve sempre
consultar um Dietista/Nutricionista para realizar uma avaliação mais precisa.
Dicas de uma
Dietista. Sabor com saúde.
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